terça-feira, 28 de dezembro de 2010

QUE VERGONHA GILMAR MENDES

Desmascarada a farsa da VEJA, Gilmar Mendes e Demóstenes Torres




Eu não sei mais se sinto pena ou desprezo pelo leitor da Veja. Eu consigo separar seus leitores em alguns grupos: tem aqueles que se acham super intelectuais, mas que na verdade jamais entraram em contato com o contraditório, são os maridos traídos últimos a saber; tem aqueles que são completamente alienados, mas compram a revista para deixar no revisteiro de casa ou da empresa como símbolo de status, só vêem as figuras, e tem aqueles conservadores que odeiam o PT, e independente da lavagem que lhe enfiarem goela adentro, vão se esbaldar, são as viúvas inconsoláveis. Todos eles têm uma coisa em comum, ajudam a financiar o jornalismo desonesto, vergonhoso e “quanto tempo dura?”que a revista se propõe a fazer.

Com a intenção de salvar a pele de Daniel Dantas, grande financiador da revista, Roberto Civitá escala o que existe de mais venal na sua folha de pagamentos para criar mais uma farsa que a empresa se especializou em produzir nos últimos anos. A farsa jornalística tinha a dupla função de desmoralizar a operação Satiagraha, onde o banqueiro foi preso, e ao mesmo tempo afastar do caminho Paulo Lacerda, um dos responsáveis pela realização da operação. Só que a revista estava com o prestígio desgastado depois de barrigas anteriores, então eles iriam precisar da participação das “vítimas” do crime falsificado pela revista.

O lance era arriscado. Não tinham uma prova sequer das suas acusações, não tinham como apontar uma fonte, já que a história estava baseada em uma farsa. Não creio na inocência do senador Demóstenes Torres, nem do ministro Gilmar Mendes. Ambos tiveram reação virulenta desproporcional que é comum a quem tenta dar credibilidade a um depoimento, tomando como verdadeiras as alegações da reportagem sem que houvesse qualquer investigação apontando a credibilidade da hipótese levantada, o que é muito estranho em se tratando de um Procurador da Republica e o presidente do poder judiciário. O ministro Gilmar Mendes quase criou uma crise institucional por desrespeito ao chefe de um outro poder ao afirmar que iria chamar o presidente da república às falas, e por causa de uma reportagem que não apresentou uma única prova da acusação que fazia.

A farsa montada pela revista Veja e endossada pelo presidente do STF e por um senador da república serviu para que fosse afastado da ABIN o correto delegado Paulo Lacerda, e serviu de desculpa para uma pregação coordenada da velha mídia no sentido de que existia no Brasil insegurança jurídica e que teriam ocorridos excessos na investigação que prendeu o banqueiro, justificando as ações de um juiz ligado a Gilmar Mendes, Ali Mazloum, de suspender a condenação de Daniel Dantas, perseguir o juiz de Sanctis e bloquear os efeitos da Operação Satiagraha.

Nessa semana a Polícia Federal concluiu, depois de meses de investigação, que não houve grampo no episódio, comprovando o que esse e vários outros blogs e publicações de respeito afirmaram que a farsa montada pela revista não passava de ficção. Por causa da blindagem vergonhosa que a velha mídia faz com assuntos que as empresas que a compõem não se interessam em divulgar, não veremos ou ouviremos quaisquer explicações dos envolvidos nos próximos dias, embora a farsa montada possa ser considerada como comunicação falsa de crime, com pena prevista no código penal, com o agravante da participação de autoridades públicas.

Se nós tivéssemos em nosso país uma imprensa livre e independente em vez dessa corporação que age por interesses escusos, no dia seguinte teríamos uma campanha vigorosa para que o Procurador Geral da República iniciasse uma ação para impeachment do ministro Gilmar Mendes, perda do mandato do senador Demóstenes Torres e responsabilização legal da editora que publica a revista por participarem dessa fraude e tentarem sabotar a segurança nacional, mas em vez disso teremos o mais ensurdecedor silêncio conivente, afinal a velha mídia vem se especializando em fraudes jornalísticas e não é mais uma exclusividade da revista Veja, como no caso da fraude que a TV Globo montou para salvar a pele do Serra no vergonhoso episódio da bolinha de papel. Como no Brasil o Ministério Público Federal é fortemente pautado pela velha mídia, esse caso caminha lamentavelmente para a impunidade de seus envolvidos, o que dá inevitavelmente o sentimento de injustiça e a perspectiva que o uso desse recurso desonesto provavelmente vai continuar a ser usado.



Do Blog do LEN

domingo, 26 de dezembro de 2010

A DOR DE COTOVELO DO PIG CONTINUA


Marcos Coimbra: O Ministério Dilma

por Marcos Coimbra*, no Correio Braziliense

Por mais que a esperemos, é sempre surpreendente a má vontade de nossa “grande imprensa” para com o governo Dilma. No modo como os principais jornais de São Paulo e do Rio têm discutido o ministério, vê-se, com clareza, seu tamanho.

A explicação para isso pode ser o ainda mal digerido desapontamento com o resultado da eleição, quando, mais uma vez, o eleitor mostrou que a cobertura da mídia tradicional tem pouco impacto nas suas decisões de voto. Ou, talvez, a frustração de constatar quão elevadas são as expectativas populares em relação ao próximo governo, contrariando os prognósticos das redações.

As críticas ao ministério que foi anunciado na última semana estavam prontas, qualquer que fosse sua composição política, regional ou administrativa. Se Dilma chamasse vários colaboradores do atual governo, revelaria sua “submissão” a Lula, se fossem poucos, sua “traição”. Se houvesse muita gente de São Paulo, a “paulistização”, se não, que “dava o troco” ao estado, por ter perdido a eleição por lá. Se convidasse integrantes das diversas tendências que existem dentro do PT, que se curvava às lutas internas, se não, que alimentava os conflitos entre elas. E por aí vai.

Para qualquer lado que andasse, Dilma “decepcionaria” quem não gosta dela, não achou bom que ela vencesse e não queria a continuidade do governo Lula. Ou seja, desagradaria aqueles que não compartilham os sentimentos da grande maioria do país, que torce por ela, está satisfeita com o resultado da eleição e quer a continuidade.

Na contabilidade matematicamente perfeita da “taxa de continuísmo” do ministério, um jornal carioca foi rigoroso: exatos 43,2% dos novos integrantes do primeiro escalão ocuparam cargos no governo Lula (o que será que quer dizer 0,2% de um ministro?). E daí? Isso é pouco? Muito? O que haveria de indesejável, em si, em uma taxa de 43,2%?

Note-se que, desses 16 ministros, apenas oito tinham esse status, sendo os restantes pessoas que ascenderam do segundo para o primeiro escalão. A rigor, marcariam um continuísmo menos extremado (se é isso que se cobra da presidente). Refazendo as contas: somente 21,6% dos ministros teriam a “cara de Lula”. O que, ao contrário, quer dizer que quase 80% não a têm tão nítida.

Para uma candidata cuja proposta básica era continuar as políticas e os programas do atual governo, que surpresa (ou desilusão) poderia existir nos tais 43,2%? Se, por exemplo, ela chamasse o dobro de ministros de Lula, seria errado?

Isso sem levar em consideração que Dilma não era, apenas, a representante abstrata da tese da continuidade, mas uma profissional que passou os últimos oito anos trabalhando com um grupo de pessoas. Imagina-se que tenha desenvolvido, para com muitas, laços de colaboração e amizade. Mantê-las em seus cargos ou promovê-las tem muito a ver com isso.

No plano regional, a acusação é quanto ao excesso de ministros de São Paulo, nove entre 37, o que justificaria dizer que teremos um “paulistério”, conforme essa mesma imprensa. Se, no entanto, fizéssemos aquela aritmética, veríamos que são 24,3% os ministros paulistas, para um estado que tem 22% da população, se for esse o critério para aferir excessos e faltas de ministros por estados e regiões.

Em sendo, teríamos, talvez, um peso desproporcionalmente positivo do Rio (com seis ministros nascidos no estado) e negativo de Minas (com apenas um). Há que lembrar, no entanto, que a coligação que elegeu a presidente fez o governador, os dois senadores e a maioria da bancada federal fluminense, o oposto do que aconteceu em Minas. O PMDB saiu alquebrado e o PT ainda mais dividido no estado, com uma única liderança com perspectiva sólida de futuro, o ex-prefeito Fernando Pimentel, que estará no ministério.

Para os mineiros, um consolo, não pequeno: a presidente Dilma nasceu em Belo Horizonte. Os ministros são poucos, mas a chefe é de Minas Gerais.

* Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi




















terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tribunal britânico autoriza soltura de Assange sob fiança

Do MSN Notícias
LONDRES (Reuters) - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que está preso na Grã-Bretanha após ter sido acusado na Suécia de crimes sexuais, foi autorizado nesta terça-feira por um tribunal a deixar a prisão sob pagamento de fiança.

O juiz Howard Riddle concedeu o direito de fiança até que seja realizada outra audiência no dia 11 de janeiro.

O australiano de 39 anos, cujo site WikiLeaks enfureceu os EUA ao começar a divulgar cerca de 250 mil comunicações diplomáticas sigilosas, foi acusado este ano de má conduta sexual com duas voluntárias suecas do WikiLeaks.

Assange nega as acusações e rejeita ser extraditado para a Suécia.

(Reportagem de Peter Griffiths)

EUA SENTEM FALTA DO TEMPO DOS ENTREGUISTAS


O Wikileaks vem revelando documentos que confirmam suspeitas que sempre foram rechaçadas pelos atores envolvidos.

Em relação ao Brasil, os últimos documentos comprovam que os americanos sempre estiveram insatisfeitos com a mudança na legislação do marco regulatório do petróleo, principalmente depois que foram descobertas reservas gigantescas dos campos do pré-sal e com o favoritismo dos avios franceses Dassault Rafale, em detrimento dos americanos da Boeing, e passaram a agir para conseguir seus objetivos.

Em relação ao pré-sal, para conseguir derrubar o novo marco regulatório que transfere a maior parte do lucro conseguido com venda do petróleo extraído, das petroleiras para o povo brasileiro, a Chevron se reuniu com o candidato derrotado para presidência da República pelo PSDB, José Serra, que prometeu agir caso eleito para retornar ao modelo antigo de concessão, que garantia lucro fácil às empresas estrangeiras e nada de retorno para a população.



“Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.

Durante a campanha, Serra desmentiu todas as vezes que foi confrontado com essa possibilidade, afirmando que a desconfiança era fruto de calúnias do PT. Jurou que não mexeria nas regras do pré-sal na campanha e prometeu o inverso para a Chevron. Em qual Serra poderíamos acreditar? No revelado pelo Wikileaks, que bate com um passado de entreguismo dele e do seu partido, ou no Serra anti-liberal da campanha que promoveu o episódio negro da história de nossas eleições: a farsa da bolinha de papel.

No episódio da licitação dos jatos da aeronáutica, Wikileaks revelou o serviço de lobby realizado por um senador de oposição, Heráclito Fortes do DEM, em favor dos aviões americanos. Segundo autoridades americanas, Heráclito é um “defensor” da licitação da Boeing.

Heráclito já era conhecido por representar no senado a defesa do banqueiro Daniel Dantas, recentemente condenado a dez anos por tentar subornar um delegado de polícia mas teve a condenação cancelada pela parte corrompida do judiciário que o banqueiro possui grande influência. O senador usava jatinhos do banqueiro para fazer seus deslocamentos até a sua prisão.

Esses dois casos refletem bem a forma serviçal e obscura com que tucanos e democratas mantém relações com governos e empresas americanas. Quando essas questões foram levantadas por Dilma e o PT nas eleições, cheguei a ler dezenas de editoriais e colunas condenando o terrorismo eleitoral, que não era nada daquilo que o PT estava insinuando, quando na verdade as preocupações eram legítimas e com fundamentos, e agora os documentos revelados provam de forma incontestável, porque nesses casos especiais os documentos não se tratam de divagações diplomáticas como em outros revelados, mas de relato de fatos.

Estou cada vez mais convencido que a vitória das eleições desse ano foi fundamental para o povo brasileiro, talvez mais que outras anteriores pelo simples fato que dessa vez selamos o destino da maior riqueza material já descoberta desse país, ou demos um passo gigantesco para selar.

Do blog do LEN

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SERRA PROMETEU À PETROLEIRAS AMERICANAS QUE MUDARIA REGRAS DO PRÉ-SAL


Serra iria entregar pré-sal para petroleiras americanas
 
Por Augusto da Fonseca, no Festival de Besteiras da Imprensa

Agora fica mais claro o porque da baixaria da campanha Serra contra a Dilma.



Como foi várias vezes insinuado – e agora confirmado pelo WikiLeakes – o que estava em jogo era a maior riqueza comercial do Brasil: o petróleo do pré-sal.

E o Serra com aquela conversa mole de que iria estatizar a Petrobras!
O pior é que muita gente (boa?) acreditou no entreguista.
 
Triste final de carreira para um cara que foi líder estudantil, no início dos anos de chumbo.
O que dirá, com essa notícia, o Merval, a Míriam, o Sardenberg e o Augusto Nunes, entre outros?

Leiam ao texto de matéria do site Folha.com:
 
“As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.

É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA de dezembro de 2009 obtido pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch). A organização teve acesso a milhares de despachos. A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado à divulgação no site do WikiLeaks.

“Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.”

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TODA SOLIDARIEDADE AO WIKILEAKS



Do Blogueiro: Simplesmente espetacular. LULA é o cara!

Quem dever esta sorrindo é o presidente da China, pois quando prenderam o Prêmio Nobel da Paz desse ano, não faltaram protestos.

Saiba mais sobre a conveniência para a liberdade de expressão aqui.
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/1068544.html

 Não quero defender as violações da China, “mais me faça uma garapa” como se diz aqui na Bahia. É muita hipocrisia junta, cadê a “liberdade” de imprensa tão propalada pelo PIG.

HIPOCRISIA POUCA É BOBAGEM

 Situação dos EUA, após ler o site WIKILEAKS.

Nobel da paz agora vai para Assange?

Do Glog do LEN

Em determinadas ocasiões, a história é irônica com requintes de sarcasmo. O presidente da China, Hu Jintao, deve estar rolando de rir a essa hora no palácio presidencial de Nanjing, sobre os recentes acontecimentos envolvendo o governo americano, a justiça sueca e o dono do fenômeno Wikileaks, Julian Assange, que colocou de joelhos e despida, a diplomacia e a política externa dos EUA.

Há dois meses, a fundação Nobel, sediada na Suécia, e que no ano interior tinha dado o prêmio da paz para o presidente Barack Obama dos EUA (país envolvido em várias guerras e denúncias de desrespeito aos direitos humanos), premiou um chinês, Liu Xiaobo, que cumpre pena na China supostamente por participar de protestos contra o governo. O governo chinês alega que ele cometeu crimes contra as leis chinesas.

Existe autoritarismo por parte do governo chinês, isso é inegável, assim como são autoritários os governos dos EUA, Cuba, Israel e Irã e países arabes aliados dos americanos. O que questionei à época da premiação se apenas por ter coragem de ser oposição a um governo autoritário ele mereceria o prêmio em detrimento daqueles que realmente ajudaram em processos de paz pelo mundo.

Na época, Obama apareceu para elogiar o prêmio e pedir a libertação do Liu Xiaobo. Pequim chiou e disse que a premiação estava contaminada pela pressão política do governo e família real sueca para atacar um adversário dos EUA.

O mundo dá voltas e alguns dias depois o Wikileaks divulga a primeira leva de milhares de documentos sigilosos americanos e revela ao mundo segredos comprometedores em relação ao tratamento de direitos humanos de prisioneiros e população dos países que estão sob ocupação americana. A partir daí, os EUA movem céus e terra para calar a liberdade de expressão que não lhes seja favorável.

A justiça sueca atende Washington, emite ordem de prisão contra Assange para ouvi-lo de acusações feitas por procurador sueco de ter praticado sexo sem camisinha, e chamou a Interpol para pegar o grande foragido perigoso que poderia ejacular violentamente até exterminar as suas vítimas, desprovidas da proteção vital do latex.

Segundo informação passada por Stanley Burburinho, as administradoras de cartões de crédito Visa e Mastercard interromperam os pagamentos de doações feitas ao Wikileaks, mostrando coordenação nas ações de Washington contra Assange, que agora envolvem a participação de empresas privadas americanas. Ele informa ainda que as empresas Visa e Mastercard não se furtam de repassar doações feitas para o movimento racista Klu Klux Klan através de seus cartões.

Difícil mesmo vai ser para a Fundação Nobel explicar a diferença entre Assange e Xiaobo. Ambos são perseguidos políticos, presos por desagradar governos autoritários. As únicas diferenças são: a China não é aliada da Suécia, os EUA são, e a vida de Xiaobo não corre perigo, a de Assange corre.

Se Xiaobo tevê méritos para receber o prêmio, porque não Assange? a revelação de crimes contra os direitos humanos pode evitar que se repitam pela pressão da opinião pública, que em sua maioria rejeita esses crimes. A luta de Xiaobo é para tentar evitar que novos atentados contra os direitos humanos aconteçam na China, já a luta de Assange é para tentar evitar que aconteçam no mundo inteiro.

Hu Jintao poderia tripudiar em cima de Obama agora, com sabor de vingança, se pedisse para libertarem Assange em nome da liberdade de expressão e da democracia, duas propagandas enganosas americanas.

Tolice é criar expectativa que a velha mídia vá questionar autoridades brasileiras para se posicionarem de forma crítica em relação a essa atitude arbitrária da justiça sueca e do governo Barack Obama contra Assange. Será que vão cobrar que o Brasil se intrometa nos assuntos dos EUA como cobraram que fizesse no Irã, China, Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador?

Onde estão agora os indignados que só pedem pela libertação e pela vida de dissidentes de países adversários da política externa dos americanos? Hipócritas, eles se recolhem para não serem cobrados pela falta de coerência.

PF DESCOBRE VENDA DE VOTOS PRÓ-JUTAHY



 (Rafael Rodrigues)

A delegacia da Polícia Federal em Ilhéus, no sul do estado, deflagrou na manhã desta quinta-feira (9) a Operação Paga, que desvendou um esquema de compra de votos em favor do deputado federal eleito Jutahy Magalhães (PSDB) e da deputada estadual eleita Claudia Oliveira (PTdoB). O esquema, segundo informa a PF em nota, seria comandado pelo ex-prefeito de Buerarema, Orlando Filho. No dia do primeiro turno das eleições, foram realizadas buscas na residência do ex-prefeito da cidade e mais em dois locais, onde foram encontrados envelopes contendo cadastramento de eleitores e quase quarenta mil reais para pagamento pelos votos. Os candidatos beneficiados no esquema de compra de votos foram eleitos com quase a mesma quantidade de votos no município de Buerarema, em número que muito se aproxima aos eleitores cadastrados nas listas apreendidas.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

WIKILEAKS: O 1º PRESO POLÍTICO GLOBAL DA INTERNET

A Intifada eletrônica
 por Idelber Avelar, no O Biscoito Fino e a Massa

Julian Assange é o primeiro geek caçado globalmente: pela superpotência militar, por seus estados satélite e pelas principais polícias do mundo. É um australiano cuja atividade na internet catupultou-o de volta à vida real com outra cidadania, a de uma espécie de palestino sem passaporte ou entrada em nenhum lugar. Ele não é o primeiro a ser caçado pelo poder por suas atividades na rede, mas é o primeiro a sofrê-lo de um jeito tentacular, planetário e inescapável. Enquanto que os blogueiros censurados do Irã seriam recebidos como heróis nos EUA para o inevitável espetáculo de propaganda, Assange teve todos os seus direitos mais elementares suspensos globalmente, de tal forma que tornou-se o sujeito mundialmente inospedável, o primeiro, salvo engano, a experimentar essa condição só por ter feito algo na internet. Acrescenta mais ironia, note-se, o fato de que ele fez o mais simples que se pode fazer na rede: publicar arquivos .txt, palavras, puro texto, telegramas que ele não obteve, lembremos, de forma ilegal.
Assange é o criminoso sem crime. Ao longo dos dias que antecederam sua entrega à polícia britânica, os aparatos estatal-político-militar-jurídico dos EUA e estados satélite batiam cabeças, procurando algo de que Assange pudesse ser acusado. Se os telegramas foram vazados por outrem, se tudo o que faz o Wikileaks é publicar, se está garantido o sigilo da fonte e se os documentos são de evidente interesse público, a única punição passível, por traição, espionagem ou coisa mais leve que fosse, caberia exclusivamente a quem vazou. O Wikileaks só publica. Ele se apropria do que a digitalização torna possível, a reprodutibilidade infinita dos arquivos, e do que a internet torna possível, a circulação global da hospedagem dessas reproduções. Atuando de forma estritamente legal, ele testa o limite da liberdade de expressão da democracia moderna com a publicação de segredos desconfortáveis para o poder. Nesse teste, os EUA (Departamento de Estado, Justiça, Democratas, Republicanos, grande mídia, senso comum) deixaram claro: não se aplica a Primeira Emenda, liberdade de expressão ou coisa que o valha. Uniram-se todos, como em 2003 contra as “armas de destruição em massa” do Iraque. Foi cerco e caça geral a Assange, implacável.

Leia mais aqui.

gLOBO, DA GROSSERIA AO PUXA-SAQUISMO

Jornal Nacional: do golpismo ao lobismo


Do Blog: APL

No Jornal Nacional, na editoria política, ou há golpismo ou lobismo, jornalismo político que é bom passa longe.

Até as eleições imperou o golpismo. Passada as eleições, vimos manifestação explícita de lobismo, pelo menos por enquanto.

É razoável que uma primeira entrevista após as eleições com uma nova presidente eleita fosse mais leve (qualquer que fosse o eleito). O telespectador tem curiosidade sobre os próximos passos de como será o novo governo, e sobre a presidenta.

A Globo fez uma edição até razoavelmente simpática e sem truques, entrecortada com trechos biográficos e depoimentos de pessoas que conviveram com Dilma (mais ou menos como aqueles programas "esta é minha vida"), mas deu para ver na pauta da Globo, mais a tentativa de desfazer a imagem golpista e de ter feito campanha pró-Serra, do que informar ao telespectador.

Todo mundo se lembra da grosseria de William Bonner ao dizer que Dilma "tinha fama de maltratar seus colegas de trabalho", em entrevista durante a campanha. Bonner chegou a começar bater boca, dizendo que tinha gravação do presidente Lula dizendo que ela "maltratava colegas" em discurso público, como se o presidente tivesse dito a sério.

Hoje suavizaram. Tocaram novamente no assunto, mas eliminaram a palavra "maltratar". Apresentaram ela como uma pessoa com fama de durona, no sentido de exigente e rigorosa (o que deixou de ser crítica para virar elogio), e colocando as imagens do presidente Lula falando no assunto, mas com a narradora ressaltando que Lula falava em tom de humor.

Foi a forma da Globo querer consertar a grosseria que Bonner fez.

O resto teve um pouco de puxa-saquismo, e no fim teve o lobismo explícito. Bonner fechou a entrevista elogiando Dilma ter defendido no discurso de ontem a liberdade de imprensa.

A entrevista ao Jornal Nacional não foi a primeira de Dilma após eleita. Essa primazia a Globo não teve. A primeira entrevista da nova presidente foi no Jornal da Record, com menos lobby e mais jornalismo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

GLOBO PATINA NA AUDIÊNCIA E O CASSETA VAI PRO LIXO

Já vai tarde “Madureira”... kkk

Uma notinha publicada hoje na coluna "Outro Canal" mostra que a Globo anda patinando na audiência...A Globo fechou novembro com uma das piores médias de audiência/dia em São Paulo de sua história: 15,8 pontos, uma queda de 4% com relação a novembro de 2009, que marcou 16,4 pontos. A Record, no período, pulou de 6,7 pontos (2009) para 7,9. Ficou 3 pontos acima do SBT, que caiu de 5,6 para 5 pontos.

Menos lixo na TV

Uma boa notícia para quem já não aguentava mais as piadas sem graça do Casseta & Planeta, que era um programa supostamente humorístico exibido pela Rede Globo, mas que descambou para a grosseiria e falta de respeito, com o Presidente Lula, e políticos da base aliada do Presidente.

A Globo confirmou que em dezembro irá ao ar o último programa Casseta e Planeta. Portanto o Casseta e Planeta chega ao fim. E já vai tarde. Fala a verdade!

Twitter