quinta-feira, 26 de novembro de 2009

E o Brasil avança!

 


Entrevista com: Economista Marcelo Neri


Entrevistei o professor Marcelo Neri, economista e chefe do Centro de Pesquisas Sociais da FGV-RJ, para o Entrevista Record, que vai ao ar hoje à noite, pela Record News.
 
Mais sobre nossa economia: http://virgiliofreire.blogspot.com/2009/06/o-credito-e-mais-um-fator-de.html

Dos Loucos-nomistas da rede gLOBO!




VERÃO SEM REFRESCO NO COMÉRCIO



Autor(es): Henrique Gomes Batista, O Globo - 26/11/2009



“Lula estimula mais consumo e produtos começam a faltar. Com economia já aquecida, novas isenções trazem temor de inflação e alta de juros.”



Dois “especialistas” do Globo: “Está mais que na hora de tirar os estímulos”; “Há risco de desequilíbrios”.



As últimas “desonerações”, ou “reduções de impostos” (PHA): de geladeiras, fogões e lavadoras de roupa; carros; bens de capital; móveis; e da construção civil.




Para esses loucos-nomistas, só quem pode comprar é aquele Brasil de 20 milhões de pessoas. A elite branca que compra na Daslu, lê o PiG (*), acha o Farol um gênio e seu discípulo um “economista competente”.

Para o PIG, onde já se viu pobre (ou ex-pobre) eu e você, comprar carro, geladeira, móveis e casa própria?

do Blogueiro: Esse PIG esta fumando é mato estragado!
Em tempo: Gadernal - Fenobarbital ou fenobarbitona, é uma substância barbitúrica usada como medicamento anticonvulsivante, hipnótico e sedativo.

Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias



Do site do Luis Nassif:

O reconhecimento dos Agentes Comunitários de Saúde

Por Edmar Roberto Prandini

Nassif,



Fato relevante foi a votação, ontem à noite, pela Câmara dos Deputados de um PEC – Projeto de Emenda Constitucional que permitirá ao Governo Federal definir um Piso Nacional para os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias e o repasse de verba aos municípios para assegurar a complementação re recursos necessária ao pagamento do piso. Além disso, segundo o debate realizado, permitirá a estruturação de uma carreira, com progressão de vencimentos, com o passar do tempo.


O PEC foi votado em primeiro turno, só não tendo obtido aprovação unânime porque o deputado Arnaldo Madeira (PSDB) fez questão de abster-se, tendo sido o único a usar a tribuna para obstar a matéria.


Segundo as informações colhidas nas falas parlamentares, são mais de 300 mil os agentes comunitários de saúde. Sua atividade é essencial para que se efetive o Programa de Saúde da Família e teve papel reconhecidamente decisivo na redução dos índices de mortalidade infantil. Os agentes de combate às endemias, por sua vez, visitam casa a casa do país, visitando cada família, em especial no combate à dengue.


Em minha trajetória, tive a oportunidade de conhecer e conviver com diversos desses agentes comunitários de saúde, em sua grande maioria mulheres, muito simples, verdadeiramente líderes comunitárias fortemente atentas aos problemas de suas comunidades. Tinham especial carinho para com as pessoas idosas e uma inenarrável dedicação às crianças dos bairros mais pobres.


A matéria depende de votação em segundo turno da Câmara para prosseguir depois ao Senado. Sem retirar a importância da aprovação do PEC, o que se viu nas imagens da TV Câmara foi um deprimente festival de assumir a paternidade da iniciativa por diversos deputados. Cientes de que os agentes comunitários de saúde e de combate as endemias estavam ansiosamente diante das televisões acompanhando a votação, todos esmeravam-se em vincular sua imagem à aprovação da emenda constitucional, num acinte revelou sua face mais patética quando a deputada Cida Diogo, ocupou o microfone do plenário para assegurar o silêncio de modo a garantir o direito à fala da relatora, dep. Fátima Bezerra (PT-RN), que ocupava a Tribuna.


Apesar disso, vale o registro, porque o papel desses agentes comunitários e de combate às endemias é essencial para a prevenção de saúde, que dá eficácia ao modelo pretendido pelo SUS.


Do Blogueiro: Finalmente

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Governo Lula foi melhor que governo FHC








A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda feira traz uma comparação entre a percepção dos entrevistados sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para 76%, os sete anos do governo Lula são melhores que os oito anos da era FHC, 10% acreditam que Fernando Henrique foi melhor e 11,1% afirmaram que os dois governos são iguais. A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 16 e 20 de novembro e entrevistou 2 mil pessoas. A margem de erro é de 3%.
Keila Santana, Direto de Brasília, no Terra







Na Folha, o governador José Serra deixa de lado qualquer veleidade de analisar a diplomacia brasileira de forma mais ampla e endereça um duro ataque ao fato do país receber um integrante do “eixo do mal” e um governante que ignora o holocausto.

Serra é suficientemente preparado e pragmático para entender que a tática de aproximação com o Irã é uma maneira de tentar conter seu radicalismo, de manter as portas abertas com o Ocidente. Aliás, o próprio Barack Obama, em conversa com Lula, entendeu isso, segundo cobertura da própria mídia brasileira.

Qual a razão, então? Simples: ao lado de Delfim, Serra sempre foi o político mais apoiado pela colônia israelita, especialmente a que se reúne na poderosa sinagoga nas imediações da Consolação.

Há muito tema mais sofisticado para levantar, muita loa legítima que pode ser feita aos valores dos judeus. Um chamamento à paz no Oriente Médio, por exemplo. Um artigo objetivo sobre o direito de Israel à existência e uma defesa da coexistência com os palestinos. Mas o novo Serra continua em pânico quanto a qualquer dividida. Defender teses próximos aos judeus liberais poderia descontentar os conservadores. Defender teses dos conservadores, poderia descontentar os liberais.

Então, pau na visita do presidente do Irã, que contenta a todos, mesmo à custa do empobrecimento da análise política.




quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O receio que o PIG tem da internet





A Folha de São Paulo publicou editorial neste domingo criticando "práticas desleais na internet" que estariam "colocando em risco as bases que permitem o exercício do jornalismo no país". A Folha, no caso, se apresenta como porta-voz deste jornalismo independente. Para o jornalista Luis Nassif, o editorial aponta o objetivo final do processo que explica o comportamento da mídia a partir de 2005: "a politização descabida, as tentativas sucessivas de golpes políticos, os assassinatos de reputação de políticos, juízes, jornalistas".

Redação

O jornalista Luis Nassif comenta neste domingo em seu blog o editorial publicado na Folha de São Paulo, que critica "práticas desleais na internet" que, supostamente, estariam "colocando em risco as bases que permitem o exercício do jornalismo independente no país". A Folha, no caso, se apresenta como porta-voz do "jornalismo independente". Uma piada, diz Nassif, que questiona:






"Qual o direito de conhecer a verdade que a Folha propõe? A ficha falsa de Dilma? Os arreglos com Daniel Dantas? A série sistemática e diária de matérias falsas, manipuladas, a deslealdade reiterada contra seus próprios jornalistas que não seguiram a cartilha?"


Abaixo o editorial da Folha e, depois, o comentário de Nassif:


O editorial: "Direito à informação"


Práticas desleais na internet colocam em risco as bases que permitem o exercício do jornalismo independente no país


DEMOCRACIAS tradicionais aprenderam a defender-se de duas fontes de poder que ameaçam o direito à informação.


Contra a tendência de todo governo de manipular fatos a seu favor, desenvolveram-se mecanismos de controle civil - caso dos veículos de comunicação com independência, financeira e editorial, em relação ao Estado. Contra o risco de que interesses empresariais cruzados ou monopólios bloqueiem o acesso a certas informações, criaram-se dispositivos para limitar o poder de grupos econômicos na mídia.


Essas salvaguardas tradicionais se veem desafiadas pelo avanço da internet e da convergência tecnológica nas comunicações - paradoxalmente, pois esse mesmo processo abre um campo novo ao jornalismo.


Apesar da revolução tecnológica e do advento de plataformas cooperativas, a produção de conteúdo informativo de interesse público continua, majoritariamente, a cargo de organizações empresariais especializadas. O acesso sistemático a informações exclusivas, relevantes, bem apuradas e editadas sempre implica a atuação de grandes equipes de profissionais dedicados apenas a isso. Essas equipes precisam ser remuneradas - ou o elo se rompe.


Quando um serviço de internet que visa ao lucro toma, sem pagar por isso, informações produzidas por empresas jornalísticas, as edita e as difunde a seu modo, não só fere as leis que resguardam os direitos autorais. Solapa os pilares financeiros que têm sustentado o jornalismo profissional independente.


Quando um país como o Brasil admite um oligopólio irrestrito na banda larga -a via para a qual converge a transmissão de múltiplos conteúdos, como os de TVs, revistas e jornais-, alimenta um Leviatã capaz de bloquear ou dificultar a passagem de dados e atores que não lhe sejam convenientes. A tendência a discriminar concorrentes se acentua no caso brasileiro, pois os mandarins da banda larga são, eles próprios, produtores de algum conteúdo jornalístico.


Quando autoridades se eximem de aplicar a portais de notícias o limite constitucional de 30% de participação de capital estrangeiro, abonam um grave desequilíbrio nas regras de competição. Veículos nacionais, que respeitam a lei, têm de concorrer com conglomerados estrangeiros que acessam fontes colossais e baratas de capital. Tal permissividade ameaça o espírito da norma, comum nas grandes democracias do planeta, de proteger a cultura nacional.


Contra esse triplo assédio, produtores de conteúdo jornalístico e de entretenimento no Brasil começam a protestar.


Exigem a aplicação, na internet, das leis que protegem o direito autoral. Pressionam as autoridades para que, como ocorre nos EUA, regulamentem a banda larga de modo a impedir as práticas discriminatórias e ampliar a competição. Requerem ao Ministério Público ação decisiva para que empresas produtoras de jornalismo e entretenimento na internet se ajustem à exigência, expressa no artigo 222 da Carta, de que 70% do controle do capital esteja com brasileiros.


A Folha se associa ao movimento não apenas no intuito de defender as balizas empresariais do jornalismo independente, apartidário e crítico que postula e pratica. Empunha a bandeira porque está em jogo o direito do cidadão de conhecer a verdade, de não ser ludibriado por governos ou grupos econômicos que ficaram poderosos demais.


Comentário de Nassif


Chega-se, finalmente, ao objetivo final do processo que explica o comportamento da mídia a partir de 2005, a politização descabida, as tentativas sucessivas de golpes políticos, os assassinatos de reputação de políticos, juízes, jornalistas. E para quê? Para se chegar ao embate final com pouquíssimos aliados. Esse acanalhamento do exercício do jornalismo fez com que a credibilidade da mídia atingisse o ponto mais baixo da história, viabilizasse alternativas no mercado de opinião.


Agora, qual a bandeira legitimadora para suas pretensões? A de que a mídia é a garantidora da liberdade de informação? Piada.


Esse mesmo álibi canhestro foi utilizado por Roberto Civita para tentar me convencer a aceitar o acordo com a Veja no final do ano passado. A revista passou todo o ano utilizando o jornalismo de esgoto para os ataques mais sórdidos, abjetos, não respeitando sequer família. E vinha o enviado especial dele trazendo o recado de que deveria aceitar o acordo em nome da liberdade de imprensa.


Conto apenas o meu caso. Como o meu, teve inúmeros. Em 2005, em entrevista ao Vermelho cunhei a expressão “o suicídio da mídia”, para descrever essa caminhada irreversível em direção ao fundo do poço. Agora, a mídia se posiciona para a grande batalha contra os portais e os grupos externos. Quem acredita nela?


Qual o direito de conhecer a verdade que a Folha propõe? A ficha falsa de Dilma? Os arreglos com Daniel Dantas? A série sistemática e diária de matérias falsas, manipuladas, a deslealdade reiterada contra seus próprios jornalistas que não seguiram a cartilha?


O futuro chegou e bandeiras que, antes, poderiam ser legítimas, ou estão rotas, puídas, desmoralizadas. Haverá uma grande batalha futura, contra os supergrupos que irão entrar no mercado. Mas dela não participará mais a velha mídia, que ficará restrito ao mundo fictício que ela próprio criou.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009



Petrobras tem 2º maior lucro entre empresas dos EUA e América Latina


da Folha Online

A Petrobras registrou o segundo maior lucro líquido entre as 25 maiores empresas de capital aberto do continente americano (sem considerar as companhias canadenses). O resultado do terceiro trimestre ficou em US$ 4,107 bilhões.


A estatal perde somente para a americana Exxon Mobil (US$ 4,730 bilhões), também do ramo petrolífero, de acordo com levantamento foi feito pela consultoria Economática. A pesquisa considera os balanços com os resultados do terceiro trimestre deste ano e leva em conta empresas de todos os setores. A outra empresa brasileira melhor colocada nesse ranking é a Vale, com lucro de US$ 1,689 bilhão, ocupando o 22º lugar da lista, acima de Apple Computer (US$ 1,665 bilhão), Hewlett-Packard (US$ 1,642 bi) e Google (US$ 1,639 bi). Em uma amostra restrita às empresas latino-americanas, Petrobras e Vale lideram o ranking dos 25 maiores lucros, dominado pelas companhias brasileiras, que tiveram 15 dos 25 melhores resultados registrados no subcontinente neste terceiro trimestre.


Empresas mexicanas ocupam cinco posições nesse ranking, enquanto duas empresas argentinas (Ypf e Tenaris) conseguiram lugar na amostra dos maiores ganhos.
 

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Empreiteira que derruba Robanel e abre cratera do metrô financiou Serra



Saiba mais: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=22595







por Luiz Carlos Azenha

Minha teoria é de que a Folha de S. Paulo e O Globo cumprem o papel de produzir as manchetes que serão usadas contra Dilma na propaganda eleitoral do PSDB.


Ponto para a minha teoria, depois dos anúncios do PSDB que foram ao ar ontem à noite, atacando a atuação de Dilma no apagão: todas as manchetes mostradas na TV eram da Folha de S. Paulo.


O problema é que a teoria da excelência gerencial dos tucanos esbarra em alguns fatos básicos: a cratera do Metrô, o desabamento do Rodoanel e, acima de tudo, o trânsito caótico de São Paulo.

Hoje, por exemplo, a cidade parou. Talvez José Serra conte com o fato de que, depois do caos no trânsito que vai nos acompanhar até o Natal, com a inauguração da reforma da Marginal do Tietê o trânsito em SP vai melhorar, pelo menos no período eleitoral.

Nesse caso seria importante lembrar a promessa de Geraldo Alckmin, o governador tucano, sobre as enchentes no rio Tietê. O fim das enchentes chegou a ser anunciado em placas. Até que novas enchentes aconteceram.


O problema



A solução dos tucanos

segunda-feira, 16 de novembro de 2009




O levante das classes D e E

Os consumidores das classes D e E do Norte e Nordeste do Brasil estão dando uma "surra" nos consumidores das classes A e B do Sul e Sudeste quando o assunto é comprar. De acordo com a empresa de pesquisa domiciliar Latin Panel, nos últimos 12 meses os integrantes das classes D e E do Norte e Nordeste gastaram mais com alimentos, higiene pessoal e produtos de limpeza que as classes A e B do Sudeste. A turma do Norte e Nordeste desembolsou R$ 8,8 bilhões no acumulado até setembro, 5% a mais do que o realizado pelos consumidores A e B da região Sudeste (R$ 8,4 bilhões).

quinta-feira, 12 de novembro de 2009


O Brasil de LULA



O lider


Os seguidores do lider

Equador e Bolívia são casos de sucesso em meio à crise global



Adivinhem qual país das Américas deve atingir o crescimento econômico mais rápido nesse ano? A Bolívia. O primeiro presidente indígena do país, Evo Morales, foi eleito em 2005 e assumiu o cargo em janeiro de 2006. Bolívia, o país mais pobre da América do Sul, seguiu os acordos com o FMI [Fundo Monetário Internacional] por 20 anos consecutivos e sua renda per-capita ao final desde período era mais baixa do que 27 anos antes. E o Equador tem atingido saudáveis 4,5% de crescimento durante os dois primeiros anos da presidência de Correa. O artigo é de Mark Weisbrot, do The Guardian.


Mark Weisbrot - The Guardian


Texto em português publicado no Correio Internacional


De acordo com a sabedoria convencional transmitida diariamente na imprensa econômica, os países em desenvolvimento deveriam se desdobrar para agradar as corporações multinacionais, seguir a política macroeconômica neoliberal e fazer o máximo para atingir um grau de investimento elevado e, assim, atrair capital estrangeiro.


Adivinhem qual país das Américas deve atingir o crescimento econômico mais rápido nesse ano? A Bolívia. O primeiro presidente indígena do país, Evo Morales, foi eleito em 2005 e assumiu o cargo em janeiro de 2006. Bolívia, o país mais pobre da América do Sul, seguiu os acordos com o FMI [Fundo Monetário Internacional] por 20 anos consecutivos e sua renda per-capita ao final desde período era mais baixa do que 27 anos antes.


Evo descartou o FMI apenas três meses depois de assumir a presidência e então nacionalizou a indústria de hidrocarbonetos (especialmente gás natural). Não é preciso dizer que isso não agradou a comunidade corporativa internacional. Também foi mal vista a decisão do país de se retirar do painel de arbitragem internacional do Banco Mundial em maio de 2007, cujas decisões tinham tendência a favorecer as corporações internacionais em detrimento dos governos.


A nacionalização e os crescentes lucros advindos dos royalties dos hidrocarbonetos, no entanto, têm rendido ao governo boliviano bilhões de dólares em receita adicional (o PIB total da Bolívia é de apenas 16,6 bilhões de dólares, para uma população de 10 milhões de habitantes). Essas rendas têm sido úteis para a promoção do desenvolvimento pelo governo, e especialmente para manter o crescimento durante a crise. O investimento público cresceu de 6,3% do PIB em 2005 para 10,5% em 2009.


O crescimento da Bolívia em meio à crise mundial é ainda mais notável, já que o país foi atingido em cheio pela queda de seus preços dos produtos de exportação mais importantes – gás natural e minerais – e também por uma perda de espaço no mercado estadunidense. A administração Bush cortou as preferências comerciais da Bolívia, que eram concedidas dentro do Pacto Andino de Promoção do Comércio e Erradicação das Drogas [ATPDA, na sigla em inglês], supostamente para punir a Bolívia por sua insuficiente cooperação na “guerra contra as drogas”.


Na realidade, foi muito mais complicado: a Bolívia expulsou o embaixador estadunidense por causa de evidências do apoio dado pelo governo estadunidense à oposição ao governo de Morales; a revogação do ATPDA aconteceu logo em seguida. De qualquer maneira, a administração Obama ainda não mudou com relação à política da administração Bush para a Bolívia. Mas a Bolívia já provou que pode se virar muito bem sem a cooperação de Washington.


O presidente de esquerda do Equador, Rafael Correa, é um economista que, muito antes de ser eleito em dezembro de 2006, entendeu e escreveu a respeito das limitações do dogma econômico neoliberal. Ele tomou posse em 2007 e estabeleceu um tribunal internacional para examinar a legitimidade da dívida do país. Em novembro de 2008 a comissão constatou que parte da dívida não foi legalmente contratada, e em dezembro Correa anunciou que o governo não pagaria cerca de 3,2 bilhões de dólares da sua dívida internacional.


Ele foi tiranizado na imprensa econômica, mas a operação foi bem sucedida. O Equador cancelou um terço da sua dívida externa declarando moratória e reembolsando os credores a uma taxa de 35 centavos por dólar. A avaliação para o crédito internacional do país continua baixa, mas não mais do que antes da eleição de Correa, e até subiu um pouco depois que a operação foi completada.


O governo de Correa também causou a fúria dos investidores estrangeiros ao renegociar seus acordos com empresas estrangeiras de petróleo para captar uma parte maior dos lucros com a alta dos preços do petróleo. E Correa resistiu à pressão feita pela petrolífera Chevron e seus poderosos aliados em Washington para retirar seu apoio a um processo contra a empresa por supostamente poluir águas subterrâneas, com danos que poderiam exceder 27 bilhões de dólares.


Como o Equador está se saindo? O crescimento tem atingido saudáveis 4,5% durante os dois primeiros anos da presidência de Correa. E o governo tem garantido a redistribuição da renda: gastos com saúde em relação ao PIB dobraram e gastos sociais em geral têm sido expandidos consideravelmente de 4,5% para 8,3% do PIB em dois anos. Isso inclui a duplicação do programa de transferência de renda às famílias pobres, um aumento de 474 milhões de dólares em despesas de habitação, e outros programas para famílias de baixa renda.


O Equador foi atingido fortemente por uma queda de 77% no preço das suas exportações de petróleo de junho de 2008 até fevereiro de 2009, assim como pelo declínio das remessas de capital provenientes do exterior. Apesar disso, o país superou as adversidades muito bem. Outras políticas heterodoxas, juntamente com a moratória da dívida externa, têm ajudado o Equador a estimular sua economia sem esgotar suas reservas.


A moeda do Equador é o dólar estadunidense, o que descarta a possibilidade de políticas cambiais e monetárias para esforços contra-cíclicos numa recessão – uma deficiência relevante. Em vez disso, o Equador foi capaz de fazer acordos com a China para um pagamento adiantado de 1 bilhão de dólares por petróleo e mais 1 bilhão de empréstimo.


O governo também começou a exigir dos bancos equatorianos que repatriassem algumas de suas reservas mantidas no exterior, esperando trazer de volta 1,2 bilhões e tem começado a repatriar 2,5 bilhões das reservas estrangeiras do banco central para financiar outro grande pacote de estímulo econômico.


O crescimento do Equador provavelmente será de 1% esse ano, o que é muito bom em relação à maior parte de seu hemisfério. O México, por exemplo, no outro lado do espectro, tem projetado um declínio de 7,5% no seu PIB em 2009.


A maior parte dos relatórios e até análises quase-acadêmicas da Bolívia e do Equador dizem que eles são vítimas de governos populistas, socialistas e “anti-americanos” – alinhados com a Venezuela de Hugo Chávez e Cuba, é claro – e estão no caminho da ruína. É claro que ambos os países ainda têm muitos desafios pela frente, dos quais o mais importante será a implementação de estratégias econômicas que diversifiquem e desenvolvam suas economias no longo prazo. Mas eles começaram bem, dedicando à ordem econômica e política externa convencionais – na Europa e nos Estados Unidos – o respeito que ela merece.


Tradução: Raquel Tebaldi/Correio Internacional


O Brazil de FHC


O lider


O... melhor nem comentar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Poderia ser sabotagem?




Cheiro de queimado no ar! No dia em que, a pesquisa Vox Populi, mostrou a ministra Dilma subindo 4 pontos, a Rede Globo, colocou no ar, o mais puro sensacionalismo, manipulando os telespectadores... Em nenhum momento a Globo disse que, estranhamente, a queda de uma linha que transmite energia da Hidrelétrica de Itaipu tirou todos os 14 mil megawatts gerados pela usina do sistema elétrico e provocou um blecaute em pelo menos 9 Estados brasileiros, no Distrito Federal e no Paraguai na noite de ontem. De acordo com a Itaipu, ainda não se sabe que tipo de problema específico ocorreu na linha de transmissão de Furnas. Me perguntam vários leitores via email. "Sabotagem?". O ministro do Planejamento Paulo Bernardo, escreveu em seu twitter: "Falei agora com Jorge Samek, dir-geral de Itaipu. O problema ocorrido ontem esta resolvido, mas as causas ainda serao investigadas hoje"

Esse blecaute está muito esquisito, os reservatórios estão cheios, o nível das represas é bom, há termoelétricas funcionando e o blecaute atinge tantos estados... estranho. A gente vai ouvir a palavra "Apagão" nos jornais por pelo menos até o debate entre Serra e Dilma!


Aves de rapina não se aguentam de alegria por blecaute de ontem. Confundem incidente com falta de energia que parou Brasil em 2001.



1999



Mais de 60% do território nacional foi atingido pelo blecaute de março de 1999, que teve início em uma subestação de energia elétrica da Cesp em Bauru (SP). O problema atingiu dez Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, Acre e parte do Paraguai. Só lembrando, ontem 9 Estados brasileiros ficaram sem energia



2001/2002



Nos últimos dois anos do governo Fernando Henrique Cardoso, o Brasil conviveu com o medo de um grande apagão. Investimentos insuficientes nos anos anteriores, fizeram com que o País tivesse de cortar 20% dos gastos com energia. Foi criado um Ministério do Apagão para gerenciar a crise. Um racionamento de energia foi determinado: consumidores que atingissem as metas de economia seriam premiados, enquanto aqueles que não conseguissem reduzir seu consumo seriam punidos. Em 2002, o racionamento foi suspenso


Olha que interessante a informação da usina itaipu aqui no Twitter:

Itaipu vai colaborar na apuração das causas do blecaute. Indícios apontam para falha na transmissão entre o Paraná e São Paulo... Quem é o governador do Paraná? Quem é o governaor de S.Paulo?



Vamos ficar de OLHO!
Do Blog: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

O AVANÇO DOS BLOGS



Vox Populi: sites e blogues superam revistas e jornais somados

O levantamento mostra que a principal fonte de informação do brasileiro ainda é a TV com 55,9% da preferência dos entrevistados, mas o segundo já são os sites de notícias e blogues, com 20,4%, um resultado fantástico para um tipo de comunicação que ainda não chegou à adolescência. E mais fantástico ainda porque é o dobro do público que se informa por jornais impressos, preferidos de 10,5%.


Justificando o temor desses:




Membros do PIG

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar denuncias contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).



Por Enquanto no Sitio do Tucano Amarelo
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O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar nesta quarta-feira (4) se aceita a denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República Antonio Fernando Souza contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). O procurador acusa Azeredo dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, ocorridos na campanha para sua reeleição ao governo de Minas, em 1998. Caso a denúncia contra o senador seja aceita, ele passará a figurar como réu em ação penal no STF.



Por decisão do ministro Joaquim Barbosa, em maio deste ano, o inquérito foi desmembrado. Apenas Azeredo permaneceu investigado no STF. Foi transferida para a Justiça Federal em Minas a responsabilidade de analisar o processo quanto a Marcos Valério e outros investigados. De acordo com a denúncia, o esquema conhecido por mensalão mineiro, tucanoduto ou valerioduto, capturou mais de R$ 100 milhões, com desvio de verbas de estatais e empréstimos bancários. Oficialmente, a campanha de Azeredo custou R$ 8 milhões.

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante do idiota que quer bancar o inteligente" (Confúcio)

Um brilhante Artista Baiano!



X

Um medíocre critico, nascido na Bahia.



Caetano Veloso sempre foi um picareta

Caetano Veloso sempre foi um picareta, desde sempre. Nos anos sessenta levantava as bandeiras importadas do Maio francês; é proibido proibir! Os estudantes franceses lutavam por um futuro menos babaca, menos entediante e direcionado, não queriam o futuro engravatado que lhes estava destinado, queriam dar vazão a todos os seus desejos numa sociedade que não fosse conservadora e reacionária, como era e continua a ser a sociedade francesa. Os estudantes brasileiros lutavam para ter FUTURO, não um destino menos babaca e menos entediante. Nossas demandas eram bem diferentes das dos estudantes europeus, e a luta de nossos jovens era mais concreta, voltava-se ao povo trabalhador, explorado e espoliado com os arrochos da Ditadura. Nossas demandas não eram abstratas como as da juventude do Velho Mundo. Em linhas gerais esse reboquismo chique norteou todo o movimento tropicalista. Os estudantes brasileiros de 68 perceberam isso, a vaia histórica que Caetano recebeu no Tuca não foi gratuita, não foi motivada por preconceitos ou por extremismo, o protesto foi contra o vazio alienante e divisionista das posições políticas de Caetano e sua turma.


Preconceituoso foi o exílio imposto pelos militares a Caetano e Gil, motivado por questões mais estéticas e sexuais que políticas, embora os tropicalistas digam o contrário, apontado para uma suposta subversão estético-cultural (enxergada pelos censores da Ditadura) a ameaçar a nossa juventude. Subversão de fato havia no tropicalismo, mas seus efeitos desestruturadores ameaçavam apenas a moral e os bons costumes da TFP.


Este é Caetano, sempre antenado a alguma moda que empolgue a elite branca do Leblon. Nos anos setenta nosso compositor mergulhou no desbunde e no sexo livre que rolava nas areias calientes de Ipanema. Nos anos noventa embarcou na onda da “consciência social” ao lado de Gil e lançou o rap Haiti, num “comovente” protesto contra o racismo, numa época em que pegava bem denunciar tal mazela social.


Os tempos atuais são de exaltação aos preconceitos, a moda é dar vazão sem pudor ao que existe de mais negativo em nossa sociedade. A elite Leblon-Daslu resolveu colocar o fascismo na ordem do dia, e empolgar as classes médias de norte a sul. Claro que Caetano não deixaria esta oportunidade de se aparecer passar em branco, e o fato deste se encontrar no ostracismo também deve ter pesado. Primeiro Caetano resolveu atacar as políticas de ação afirmativa do governo Lula, dane-se o Haiti. Agora faz coro com as “patrulhas gramaticais” que de uns tempos para cá assolam a nossa mídia. Caetano Veloso está atendo a realidade, a realidade do Leblon, falar o que classe média branca fascistóide quer ouvir garante no mínimo alguns dias de ibope, e para um artista decadente como ele isto conta muito.


Caetano Veloso nunca foi de esquerda, seus arroubos de rebeldia não iam além da ameaça a meia dúzia de esposas de generais histéricas. Seu discurso sempre se direcionou a elite branca e bacharelesca, que gosta de regurgitar falsa erudição. Sempre teve uma mentalidade pequeno burguesa grosseira, a forma como ele se refere ao presidente é provavelmente a forma como ele trata todos aqueles aos quais julga inferiores. E olha... Esse rol deve ser extenso, arrogante como é, 98% dos brasileiros não estariam a sua altura. Brasileiros, é claro, porque ser for europeu, ou, sobretudo, estadunidense, certamente cairá em suas graças.


Para mim não foi nenhuma surpresa a estupidez de Caetano contra o presidente Lula em sua entrevista ao Estadão, seu nome estará na vitrine por alguns dias, a pseudo-intelectualidade brasileira irá repercutir sua verborragia nas páginas da mídia corporativa, e depois nosso artista embolorado retornará a sua tumba. É necessário a mídia golpista recorrer a algum medalhão vez por outra, para fazer coro com as hienas que diariamente atacam o presidente Lula, e assim passar uma impressão de legitimidade a seu discurso. Semana que vem eles ressuscitaram outro, quem sabe a dupla Dom e Ravel.

Postado por Cappacete: http://blogdocappacete.blogspot.com/

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Brasil avança!

E PIG DEMo/Tucano


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Tem dia que a gente não sabe se ri ou se chora. Hoje é mais um dia desses. Com os dados divulgados através do IBGE, ontem, e uma oposição insossa, que vive com o (PIG) seu jornalismo de esgoto maquinando factóides contra o governo LULA, não devemos esperar muita coisa alem da não divulgação dos números como eles deveriam ser divulgados. Muito específicos de método jornalístico cavo, parcial e sem apuração criteriosa por parte do PIG. Ainda mais quando bate direto no governo de FHC.
A única coisa que oposição DEMo/Tucana não entendeu é, que o país já se deu conta do joguinho pequeno e rasteiro do PIG e da oposição e já aprendeu a ler a imprensa e a não acreditar em suas mentiras.


A taxa de crescimento em relação a 2006 (6,1%) decorreu do desempenho positivo dos Serviços (6,1%), da Indústria (5,3%) e da Agropecuária (4,8%). A economia brasileira, em 2007, apresentou expansão em volume do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,1% em relação ao ano anterior. Em valores correntes, o resultado alcançado foi de R$ 2,661 trilhões, e o deflator do PIB, 5,9%. Neste período, o PIB per capita tingiu R$ 14.183,11.
O crescimento de 6,1% do PIB foi decorrente de um acréscimo de 6,1% dos Serviços, 5,3% da Indústria e 4,8% da Agropecuária. Os impostos sobre produtos (6,2%) cresceram mais que o VAB (5,8%), e os que mais aumentaram foram o Imposto sobre as Importações (24,2%) e os Impostos sobre o Valor Adicionado (7,9%).

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Vida & Reflexão!



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Após um feriado prolongado como esse, período que nos faz refletir sobre nosso papel no mundo, tempo onde temos momento para buscar nosso entendimento nessa vida. Onde querem-se, o viver de figurante ou principal? Logo com isso recomendo a leitura desse artigo de Enilton Fernando, que discorre de forma clara e concisa a os efeitos do tempo sobre as pessoas, boa leitura.

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O SENTIMENTO DA MEIA-IDADE: O ADULTO INACABADO
“As pessoas não mudam se não derem a ela uma razão”. (¹)

Enilton Fernando / Julho/2007

A educação só e completa quando procura dar uma resposta aos problemas que a vida apresentará. O desabrochar traz inquietações, crises afetivas tumultuosas, desilusões, causando impotência em satisfazer aspirações do ser, é uma incógnita e um apelo a um ideal de perfeição.
Acabo de percorrer um longo caminho no decorrer do qual minha representação de mim mesmo e do mundo, modificou-se de tal maneira que por vezes tenho a sensação de ser outro ser vivendo em outro mundo. Entretanto, não me tornei outro, simplesmente me desfiz de uma ilusão, reduzindo aquela comédia a que me obrigava meu personagem.

Continuo a viver no mesmo universo, mas a visão que tenho dele alargou-se e o vejo com novos olhos. Comecei a me libertar daquele antigo sentimento de culpa que me tornava insuportável qualquer discrepância com o meu ambiente e que despertava em mim sentimentos análogos aos que tinha na minha infância, quando desajeitadamente tentava me auto-afirmar desobedecendo às ordens dos meus pais.

O sentimento de culpa de outrora, que durante muito tempo fez parte do meu mundo interior, continua presente, pronto para despertar: Ele me impele a retroceder e a refugiar-me naquele estado de conformidade que me proporciona a segurança de um acordo com o meu meio pelo medo do preço que deverei pagar para reencontrar o bem-estar comigo mesmo. Todavia, há momentos em que a agente se encontra tão embalado que qualquer recuo se torna impossível, momentos em que o sentimento de traição de si é de tal forma intenso que constitui o próprio motor de crescimento.

É esse homem fascinado, que muitas vezes sofre no casulo do “eu” dos vícios dissolventes que aniquilam lentamente, ora de dentro para fora, através de paixões, ora outras de fora para dentro, graças as minhas indisciplinas e rebeldias que me desgovernam.

Continuando minha trajetória, percebo que tenho a capacidade para estabelecer novos referenciais que já não me podiam ser fornecidos por valores que se tornaram demasiadamente estranhos para mim. Ao renunciar à ilusão da aparência pude empreender a exploração das riquezas do meu ser. Renunciando à ordem do mundo exterior e aceitando provisoriamente a minha desordem interior, senti emergir de mim mesmo o significado da minha existência. Essa experiência me apresenta novas perspectivas sobre o funcionamento da minha personalidade e me leva a uma revisão dos meus critérios de realização pessoal.

Esse entretenimento intelectual e sentimental impulsiona-me para a vida futura. Nesse momento o coração deixa-se perturbar pela imaginação. Contudo, devemos encarar esse momento com olhar puro a nós mesmos, a nossa necessidade de ideal, por que essas energias são peculiares e não devem ser reprimidas, mas bem governadas. Porque o meu ideal é progredir.

É preciso esforçar-se em aprender a arte de fazer o bem e de ser útil ao próximo, de nutrir afetos profundos e iluminados. Não devemos reproduzir atitudes superadas, por que a vida requer movimento.

Não devemos manter uma distância tímida ou orgulhosa para com as pessoas que cercam e que se interessam por nós e desejam o nosso bem-estar. É uma atitude lamentável a de isolar-se, de ostentar indiferença e insensibilidade. Quem se crê auto-suficiente, não se preocupa com o próximo, nem procura algo que lhe cause satisfação com quem quer que nos cerque.

Uma boa dose de educação dos sentidos nos propõe orientar a consciência de tal modo que o permanente respeito mútuo e a boa compreensão resguardem um ao outro, até o dia em que a vida, destruindo os obstáculos fictícios, imponha um conhecimento recíproco.

Essas matizes de respeito e de limites que raramente existem nas relações, são admiráveis. Esse esforço de vontade e de consideração só se obtém com um sério autocontrole.

Trata-se agora de dar um novo passo adiante neste aprendizado, devendo lutar para conservar o equilíbrio interior, saber inspirar respeito, franqueza e simplicidade. Obtidas essas qualidades, elas se completam num caráter disciplinado. Esse método é prático, tônico e vivificante.

Senti que a troca honesta de experiências nos havia sido útil. Então decidir selecionar algumas histórias e obter novas de outra parte das buscas de novos conhecimentos e das várias experiências de que ouvir a voz da consciência pode dar início a uma nova maneira de conviver com os outros. O meu objetivo é de deixar as pessoas falarem tão abertamente quanto possível e reduzir ao mínimo meus comentários e aguçar minhas observações.

Nunca é cedo para te preparares para assumir e para adquirir virtudes mais profundas e resistentes. Vá em frente.

Enilton Fernando Batista de Souza: Bacharel em Administração e Planejamento Municipal, pela Faculdade POLIFUCS - Ba., MBA em Administração pela UNIFACS e Professor em Educação Contextualizada Multiutilarista. E-mail: eniltonfernando@hotmail.com
(¹) Frase do filme “Superando os Limites” de Mondance Alexander

terça-feira, 3 de novembro de 2009

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O Sitio do Tucano amarelo apresenta, mais uma episodio de trololó!

O texto do vendilhão ex-presidente FHC, publicado em vários jornais no domingo, revela um erro de cálculo político sem precedentes. Contrariando seus aliados, que desejavam vê-lo distante da campanha do PSDB para presidente em 2010, FHC trouxe para o próximo pleito a comparação entre as políticas de seu governo e as do governo Lula: a única polarização que a direita não queria. Imaginando-se um estrategista, virou um fardo pesado para as possíveis candidaturas de José Serra e de Aécio Neves. O artigo é de Gilson Caroni Filho.

Gilson Caroni Filho

As palavras são as armas. E foi acreditando em sua capacidade de manejá-las com destreza que Fernando Henrique Cardoso tentou atacar o presidente Lula em seu artigo publicado no jornal O gLOBO, do último domingo. Em sua vaidade desmedida, imaginava-se escrevendo um texto inaugural, um manifesto histórico capaz de desvendar a cena política, retirando a oposição do estado letárgico em que se encontra. O efeito foi exatamente o contrário.

O texto mal escrito, sem sentido em muitos parágrafos, revela um erro de cálculo político sem precedentes. Contrariando seus aliados, que desejavam vê-lo distante da campanha do PSDB para presidente em 2010, FHC trouxe para o próximo pleito a comparação entre a política econômica do governo e a da gestão petista: a única polarização que a direita não queria. Imaginando-se um estrategista, virou um fardo pesado para as possíveis candidaturas de José Serra e de Aécio Neves. Triste para o prestigiado sociólogo, deplorável para o experiente político.

Comparações são ociosas, mesmo porque cada polemista tem o seu tempo na história. Mas não é de hoje que o sonho do“"príncipe dos sociólogos" é ser um Carlos Lacerda redivivo. Vê a si próprio como um panfletário versátil e demolidor, capaz de usar as palavras como metralhadoras giratórias nas mãos de um guerrilheiro. O problema é que seu estilo é tosco e seus escritos ininteligíveis. Não é capaz de açular os medos da classe média, mesmo usando os velhos ingredientes que vão da ameaça de uma república sindicalista a um quadro incontrolável de corrupção. Não aprendeu que, sem o apoio das bases sociais que o acompanham, seu suposto prestígio pessoal conta pouco.

Para criar condições de instabilidade superestrutural não bastam editoriais, artigos e noticiários de jornalistas de direita. É preciso que as classes dominantes se encontrem excepcionalmente reunidas em torno de um só objetivo. Para isso, do outro lado, tem que haver um governo fragilizado, com escassa base de apoio, incapaz de promover crescimento econômico com redistribuição de renda. Reeditar uma“"Marcha da Família com Deus, pela liberdade" não é o troféu fácil que o voluntarismo pedante imagina.

Quando escreve que "é possível escolher ao acaso os exemplos de "pequenos assassinatos". Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal-ajambrada? Mudança que nem sequer pode ser apresentada como uma bandeira "nacionalista", pois, se o sistema atual, de concessões, fosse "entreguista", deveria ter sido banido, e não foi. Apenas se juntou a ele o sistema de partilha, sujeito a três ou quatro instâncias político-burocráticas para dificultar a vida dos empresários e cevar os facilitadores de negócios na máquina pública", seu objetivo é tão claro como raso.

É uma volta ao passado como farsa. Aos tempos em que os nacionalistas lutavam por uma solução independente para extração e refino do petróleo, de importância estratégica para o desenvolvimento do país, enquanto os entreguistas definiam-se abertamente pela exploração do produto pelo capital estrangeiro. Claro que estamos tratando de realidades distintas no tempo e no espaço, mas a motivação da direita é idêntica. E é a ela que a inspiração de FHC se dirige, inebriado como se cavalgasse uma fulgurante carreira política. O desespero e o patético andam sempre de mãos juntas. Ainda mais se lembramos "quem cevou os facilitadores de negócios na máquina pública" no período que vai de 1994 a 2002.

Criticando o que chama de "autoritarismo popular", o candidato a polemista prossegue: "Devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Estes são "estrelas novas". Surgiram no firmamento, mudaram de trajetória e nossos vorazes, mas ingênuos capitalistas recebem deles o abraço da morte. Com uma ajudinha do BNDES, então, tudo fica perfeito: temos a aliança entre o Estado, os sindicatos, os fundos de pensão e os felizardos de grandes empresas que a eles se associam."

A recorrência aos riscos de uma república sindicalista mostra a linhagem golpista do artigo de FHC, mas a falta de prudência, indispensável para quem pensa estar escrevendo um novo Manifesto dos Coronéis, leva a indagações. O autoritarismo de mercado, marca do seu mandato, é exemplo de democracia? A era da ligeireza econômica, da irresponsabilidade estatal ante a economia fortalecia as instituições do Estado Democrático de Direito? Ou não seria exatamente o oposto? Um bloco de poder composto pelo agronegócio, grandes corporações midiáticas e uma burguesia desde sempre associada, que privilegiava a ampliação crescente das margens de lucro, ignorando os custos sociais que isso implicava. Qual a autoridade política do ex-presidente para interpelar o atual?

O que foi seu governo senão uma tentativa desastrosa de adaptar o aparelho de Estado às exigências criadas pelo neoliberalismo, contendo, a todo custo, as reivindicações dos trabalhadores do campo e da cidade? No final, com uma impopularidade recorde, a superestrutura política entrou em crise e os aliados contemplaram a rota de afastamento. É a isso que FHC nos convida a voltar?

Outra observação interessante pode ser extraída desse trecho: "Por que tanto ruído e tanta ingerência governamental numa companhia (a Vale) que, se não é totalmente privada, possui capital misto regido pelo estatuto das empresas privadas?". Aqui, o lacerdista frustrado ultrapassou qualquer limite da sensatez. Abriu o flanco, ao permitir a inversão da pergunta que faz.

Como destacaram, em 1997, Cid Benjamim e Ricardo Bueno, no "Dossiê da Vale do Rio Doce", "o Brasil levou 54 anos para construir e amadurecer esse gigantesco complexo produtivo. O governo FHC pretende vendê-lo, recebendo no leilão uma quantia que corresponderá, mais ou menos a um mês de juros da dívida interna". Em maio daquele ano, a Vale foi vendida pelo governo federal por R$ 3,3 bilhões. Em 2007, seu valor de mercado estava em torno de R$103 bilhões. Em nenhum outro período a máquina estatal foi usada para transferir recursos públicos para o capital privado como nos dois governos do tucanato. Foi a esse continuísmo que a população deu um basta em outubro de 2002.

O que se pode depreender das linhas escritas pelo tucano que queria ser corvo? FHC se especializou na arte do embarque em canoas onde o lugar do náufrago está antecipadamente destinado ao canoeiro de ocasião. Julgava estar redigindo um artigo que funcionaria como divisor de águas. Mas afundou junto com ele. Escreveu o seu próprio réquiem, levando junto velhos próceres do PSDB. Um trabalho e tanto. Extremamente apropriado para leitura no dia 2 de novembro.

Do site: http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm?boletim_id=611

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