A falsa democracia dos EUA e o declínio de poder
A democracia dos Estados Unidos é uma farsa. Fingem viver em um ambiente democrático, mas na verdade alternam no poder dois partidos que são mais do mesmo e representam apenas a elite conservadora americana.
Nos EUA não há posição de oposição de verdade, os dois partidos que dominam o poder têm a mesma visão imperialista-belicista de direita, que independente do partido que esteja no controle, vão agir sempre da mesma forma. As diferenças tênues entre Democratas e Republicanos se resumem a condução da política econômica.
Como em toda ditadura de opinião, a oposição de verdade nos EUA foi perseguida e aniquilada na época da caça às bruxas e Macartismo naquele país, hoje os partidos predominantes e que tem chances reais de vencer as eleições estão no mesmo espectro ideológico. Não existe real alternância de poder naquele país.
Barack Obama foi à decepção do milênio. Criou nos americanos e no resto do mundo a vã esperança que iria mudar a forma de fazer política externa nos estados unidos, sem a agressividade e arrogância a que nos acostumamos a ver durante o governo Bush. Tudo mais falso que nota de três dólares. Obama mostra que não é mais que um discípulo de Bush, é capaz de ser dissimulado para tentar manter um discurso que é facilmente contestado pelas suas próprias ações.
Se já soa falso quando um político americano fala em democracia, muito mais quando o assunto é direitos humanos. A prisão de Guantánamo ainda não foi desativada e presos são tratados em condições desumanas. Na prisão de Abu Graib no Iraque, todos nós lembramos das torturas e humilhações que prisioneiros iraquianos sofreram na mão de psicopatas armados. Há poucos dias as pessoas de bem ficaram estupefatas depois de ver um vídeo que vazou e mostrava a execução covarde de civis inocentes, que foram metralhados por um helicóptero de guerra americano no Afeganistão.
A desastrosa política externa e belicista dos EUA, além de não trazer nenhum resultado positivo para aquele país e para o mundo (vide o terrorismo que só cresce), ainda aumenta a lista de povos que odeiam os EUA, e cá para nós, motivos não faltam para isso. Os EUA não respeitam a autodeterminação dos povos e trata suas negociações com arrogância, intimidações e ameaças, em uma política de confrontamento que só inviabiliza qualquer diálogo.
O presidente Lula e o Itamaraty provaram ao mundo que só há uma solução para se chegar a consensos que fracassaram anteriormente com a abordagem agressiva, e essa solução passa pelo respeito a um país soberano e seu direito de definir o seu caminho e em contrapartida, mostrando respeito e ganhando confiança, são maiores as chances de convencimento.
A reação negativa dos EUA só mostra como não dá para confiar na palavra de Barack Obama e seus asseclas, afinal foram eles mesmos que sugeriram as bases desse acordo no ano passado que só não foi à frente por causa da falta de tato dos americanos.
Os EUA são os maiores derrotados com o acordo Irã-Brasil-Turquia. Perderam a condição de negociador preferencial, pois teve sua capacidade de mediar colocada em xeque. Perdem com o não alinhamento de Brasil e Turquia que em passado recente praticavam adesismo lacaio a todas as posições dos EUA, assim como faz a velha mídia no Brasil.
Perdeu ainda com a reação destemperada ao acordo porque ficou parecendo que o EUA tem interesses escusos que os faz preferir que não exista solução negociada, aliás, alguns fatos coincidentemente ou não, lembram muito a época da pré-guerra com o Iraque pela demonização do líder político e nas mentiras sobre armas de destruição em massa.
Os EUA parecem se debater com a perda de poder e influência internacional, que nessa nova ordem mundial tem se diluído com os emergentes. A aposta dos EUA é muito alta, pois duas derrotas seguidas seriam difíceis de serem digeridas e as críticas internas à Obama podem se intensificar..
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LA, veja que comentário apropriado sobre o assunto.
ResponderExcluirEsse pesoal não conhece o Lula.
Esse pesoal não conhece o Brasil.
Esse pessoal pensa que o Brasil ainda é “pequenininho”, como diz a Dilma: o Brasil do Governo FHC/Serra.
Essa história de que o mundo gira em torno do umbigo dos Estados Unidos e do New York Times acabou.
O Brasil não precisa mais do FMI.
O FMI precisa do Brasil.
Essa história de ser “pequenininho” também acabou.
O Brasi está no jogo para ficar.
Ainda mais esse jogo, o jogo nuclear.
Só tres países do mundo tem urânio e beneficiam o urânio: os Estados Unidos, a Rússia e o Brasil.
E o Irã engabelou o LUla.
Tá legal.
Paulo Henrique Amorim