segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

E o Homem do ano é:


O jornal francês Le Monde escolheu o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva como o “Homem do Ano”, apontando-o como responsável pelo renascimento do Brasil como um gigante na cena mundial. É a segunda homenagem deste tipo que Lula recebe neste final de ano. O jornal espanhol El País também elegeu o presidente brasileiro como a “Personalidade do Ano” e a revista The Economist dedicou um número especial ao Brasil, destacando na capa o Cristo Redentor como um foguete decolando rumo ao espaço.

Saiba mais:

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009




No início de 1954, Jango (que era, então, o Ministro do Trabalho de Getúlio Vargas) propôs aumento de 100% para o salário mínimo.
A UDN (partido da direita, forte entre as classes médias no Rio e em São Paulo) se agitou. Os militares também se agitaram: como podia um operário ganhar tanto quanto um tenente? A pressão foi tanta que Jango perdeu o cargo. Alguns meses depois, sob acusações de todos os lados, Vargas perderia a vida, metendo uma bala no peito.
Veja o que o site da FGV informa sobre o episódio do salário mínimo:


“Os principais lances da crise são úteis para se dimensionar o montante da articulação oposicionista, e que se concluiria com o episódio do suicídio de Vargas, em agosto do mesmo ano. O ministro da Fazenda, Oswaldo Aranha manifestou sua total contrariedade à proposta, secundado pelos membros da "banda de música" da União Democrática Nacional (UDN) – parlamentares que faziam muito barulho no Parlamento, sempre atacando Vargas. As acusações não eram novas, mas ganhavam virulência ante o desmedido da proposta em causa. Jango era um "manipulador da classe operária", "um estimulador de greves", "um amigo dos comunistas", que tinha como plano a implantação, naturalmente com o assentimento de Vargas, de uma "república sindicalista" no Brasil. Alimentando tais ataques havia um outro. O de que Vargas mantinha conversações secretas com Juan Perón, presidente da Argentina, no sentido da formação do chamado Pacto ABC – Argentina, Brasil, Chile – com evidentes contornos anti-americanos e tendências "socializantes". Uma mistura explosiva de má condução da política interna e externa, capaz de justificar até mesmo um pedido de impedimento do presidente.”

Alguma semelhança com as acusações contra Lula?

Lula – hoje - é acusado de conduzir uma política de integração com viés anti-EUA. A mesma acusação que pesava contra Vargas. Com relação ao mínimo, situação idêntica. A UDN continua onde sempre esteve. A UDN – hoje, como há 55 anos - não quer aumento de salário mínimo: R$ 510 é a proposta de Lula para 2010.
Ainda zonzo, depois de uma viagem de 14 horas de carro (entre São Paulo e Florianópolis), eu tomava café no hotel agora cedo, e assistia ao “Bom (?) Dia, Brasil”. Alexandre Garcia desfilava ironia (ele se acha engraçado) diante da proposta de aumento. Frisava que isso vai ocorrer em “ano eleitoral”. A UDN não quer pobre ganhando mais. Ainda mais em ano eleitoral. Isso fere os brios da UDN. Verdade que a UDN que depende de voto (PSDB e DEM) não pode berrar contra o salário mínimo de R$ 510. Aí, sobra para o partido da imprensa. A banda de música do Alexandre Garcia esqueceu de informar ao dileto público que a política de reajuste ao salário mínimo não depende só de “canetada” do presidente em ano eleitoral. Não. O governo Lula adotou uma política consistente (e permanente) de recuperação do mínimo. Reajuste real é concedido, sempre, com base no crescimento do PIB de dois anos antes. Lula tem meta para o mínimo. A UDN demotucana só tinha meta para inflação. Fazer o que... E ainda dizem que Lula “tem sorte”. He, He. Não é sorte. São escolhas.

A política de Lula é muito mais consistente do que a canetada de Jango. É consistente. Isso apavora a UDN e sua banda de música na Globo.
Não é só o despeito com o pobre que ganha mais. É todo um ideário liberal que afunda. Durante 15 anos, como repórter, cansei de entrevistar “consultores” e “economistas” que defendiam: o Brasil precisa fazer a “lição de casa”. Os anos 90 foram assim: “lição de casa”! Eu tinha engulhos a cada vez que ouvia essa expressão. Perdi a conta de quantas vezes isso foi ao ar na TV brasileira – como uma pobre metáfora de nossa subserviência...
A turma da “lição de casa” pregava: “superávit primário”, “controle dos gastos públicos”, “autonomia do Banco Central” (como se o BC fosse uma instituição acima do governo, quando ele é mantido com nossos impostos, e deve estar subordinado ao governo de turno) etc etc etc.
Isso tudo virou lixo depois da crise de 2008. No primeiro mandato, Lula ampliou um pouco os gastos sociais (“esmola”, diziam), mas manteve a ortodoxia na economia.
No segundo mandato, livre de Paloccci, o governo ampliou sua atuação como indutor do desenvolvimento. Mantega conduz uma política livre das amarras da turma da “lição de casa”.
Hoje mesmo, véspera de Natal, Mantega está nos jornais a dizer que Banco Central não precisa ser autônomo, coisa nenhuma! A turma da “lição de casa” não gosta disso. A turma da “lição de casa” não gosta de Keynes. O sábio economista dizia (groso modo, perdoem minha simplificação) que a equação da economia se resolve quase sempre pela demanda, não pela oferta. Se há crise, estimule-se a demanda, e a roda volta a girar.
Foi o que Mantega fez em 2008 – com isenção fiscal para carros, linha branca etc. Lula também pediu aos pobres que seguissem comprando. E deu certo. Deu certo porque Lula havia criado as bases de um imenso mercado interno de consumo: “bolsa-família”, salário mínimo com ganho real, reajuste para funcionalismo... Tudo isso contraria a cartilha da “lição de casa”.
Vejam: o governo (com Mantega, no meio da crise) adotou políticas de isenção de impostos (“populismo” berraram alguns colunistas), e ainda assim a arrecadação voltou a crescer. Número de novembro indica aumento de 26% em relação a novembro de 2008
 
 
A turma que torce pela “deterioração das contas públicas” não deve estar entendendo nada.
Lula fingiu adotar a política fernandista. Mas superou essa política, sem alarde. Lula fez o que Celso Furtado e Maria da Conceição Tavares pregaram durante anos e anos! Lula construiu um mercado interno de verdade.
 
Serra – que não é tonto, e não é um “liberalóide” radical – sabe que não pode fazer campanha pregando “controle dos gastos públicos”. Isso servia para enganar a turma nos anos 90. O Brasil mudou. E o Serra sabe disso. Mas o Alexandre Garcia (com a turma mais tosca da UDN) não sabe. Nem Obama mais acredita na doutrina liberal. Obama salvou a GM e alguns bancos com grana pública. Obama não fez a “lição de casa”? Só a banda de música (na Globo e em alguns jornais) ainda segue a velha cartilha. É o passado, que se recusa a passar.
 
O passado será atropelado pelos fatos.
 
Ainda mais quando lemos que – com o reajuste para R$ 510 – o mínimo vai atingir o maior patamar em quase 3 décadas. Lula colocou o capitalismo brasileiro em novo patamar. Os toscos capitalistas (ou aqueles que pensam representar os capitalistas, nas telas e nos jornais) não perceberam.
 
Dessa vez, a UDN vai ficar falando sozinha.
O suicídio dessa vez virá do outro lado. É a UDN que vai meter uma bala no peito se continuar se recusando a enxergar a realidade. Azar da UDN. PTB e PSD – se tiverem juízo – seguirão juntos, isolando a direita e mantendo o Brasil na rota do crescimento. Isso apesar de todos os problemas e insuficiências do governo Lula. É preciso – sim – fazer a crítica do governo Lula, pela esquerda. Mas sempre reconhecendo seus avanços. Tudo leva a crer que Lula não vai se igualar a Getúlio. Não. Vai é superá-lo. Sem golpe, sem bala no peito. Tudo no voto.
É demais para a UDN. Coitadinha...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Passeando em Copenhague José Serra e Arnold Schwarzenegger fecham acordo de cooperação técnica





Do Blog News Front:


Enquanto Serra reuniu-se com o exterminador do futuro certamente buscando uma maneira de exportar os alagões para "revezar" com o fogo na Califórnia.



Mais seis pessoas já morrem em conseqüência da proposital falta de planejamento ou de execução de medidas para amenizar os efeitos das comuns e fortes enxurradas que sempre repetem-se em São Paulo.


Sobre qual a melhor opção para exterminar, se afogados ou queimados, não teriam chegado ainda a um consenso.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009







O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), embarcou discretamente na noite de terça-feira para Copenhague, onde está sendo realizada a conferência das Nações Unidas para mudanças climáticas (COP-15). Arruda tomou um voo no Rio de Janeiro e chegou à capital da Dinamarca após escala em Paris. Ao que consta, não foi para entregar panetones ao presidente Lula. Informações de Sonia Racy do Estadão

terça-feira, 15 de dezembro de 2009



O povo na “Merda”!





Enchentes: carta aberta ao governador
ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS*


A atual estratégia de combate às enchentes de seu governo, que é a mesma dos anteriores, está totalmente equivocada


PREZADO GOVERNADOR, permita-me dirigir-lhe diretamente algumas palavras, com a franqueza necessária para que essas palavras tenham a chance de ser úteis ao senhor e à sociedade.


A atual estratégia de combate e às enchentes de seu governo, que é a mesma dos anteriores, está totalmente equivocada.


Não levando em conta as causas reais das enchentes, essa estratégia elege como suas prioridades os vultosos gastos na ampliação e canalização das calhas de nossos principais rios e na instalação de piscinões (apresentados ao senhor como a nova panaceia para o fim das enchentes).


Quanto à ampliação das calhas de nossos principais rios, tudo certo, realmente é medida indispensável.


Já os piscinões... Um erro crasso.


Pelo mal urbanístico, sanitário e ambiental que causam à cidade, deveriam ser considerados a última das últimas alternativas a serem pensadas.


Governador, o senhor está refém de uma lógica técnica perversa e errada (queira Deus que não mal-intencionada). É preciso romper radicalmente com essa chantagem tecnológica.


A equação básica das enchentes da região metropolitana de São Paulo pode ser assim expressa: "Volumes crescentemente maiores de água, em tempos sucessivamente menores, sendo escoados para drenagens naturais e construídas progressivamente incapazes de lhes dar vazão, tendo como palco uma região geológica já naturalmente caracterizada pela dificuldade em dar bom e rápido escoamento às águas superficiais".


Nesse contexto, governador, o combate às enchentes na região metropolitana de São Paulo deve, para garantir resultados confiáveis, atacar indispensavelmente estas cinco frentes técnicas, de forma combinada e concomitante:


- ampliação das calhas de nossos principais rios;


- permanente desassoreamento de todos os rios, córregos e drenagens construídas;


- eliminação de pontos de estrangulamento representados por pontes, galerias e sistemas de drenagem antigos que já não suportam mais as vazões a que são submetidos;


- recuperação da capacidade de infiltração e retenção de águas pluviais em toda a área urbanizada, por meio, por exemplo, de calçadas, valetas e pátios drenantes, reservatórios domésticos e empresariais para reservação de águas de chuva, intensa disseminação de bosques florestados, plantio intensivo de árvores etc.


- redução máxima do assoreamento das drenagens naturais e construídas por meio do rigoroso e extensivo combate à erosão do solo nas frentes de expansão metropolitana, assim como ao lançamento irregular de lixo urbano e entulho de construção civil.


A respeito especificamente dessas duas últimas frentes técnicas, o combate à impermeabilização e à erosão, de primordial importância para a redução das enchentes, incompreensivelmente (ou compreensivelmente?) as administrações públicas estadual e municipais da região não estão fazendo absolutamente nada.


Aí estão a origem e a explicação dos insucessos quanto aos objetivos desejados na redução das enchentes.


Governador José Serra, não se permita iludir de que o sucesso no combate às enchentes resultará de grandes investimentos em grandes e custosas obras concentradas.


É necessário que as obras maiores necessárias sejam indispensavelmente acompanhadas de um trabalho diuturno baseado em pequenos serviços e providências, as chamadas medidas não estruturais, que resultarão no rompimento com as culturas técnicas da impermeabilização e da erosão, hoje as principais responsáveis pela insistente recorrência das enchentes metropolitanas.


Permita-me uma sugestão final: solicite ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) -uma instituição de extrema competência técnica, acima e alheia a interesses menores porventura presentes na estratégia atualmente adotada- um plano alternativo de combate às enchentes.


O IPT saberá por certo cercar-se de outros órgãos públicos e de técnicos reconhecidos que auxiliarão nessa boa empreitada. Não serão necessários mais que dois ou três meses para equacionar o novo plano. Confie no resultado que será entregue e concentre esforços na sua implementação. A região metropolitana de São Paulo lhe será eternamente grata por sua coragem política e pelos resultados concretos que certamente serão alcançados.

*ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS , geólogo, é consultor em geologia de engenharia, geotecnia e meio ambiente. Foi diretor de Planejamento e Gestão do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e diretor da Divisão de Geologia. É autor, entre outras obras, de "Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática".

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009






 A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já possui mais trabalhadores terceirizados do que efetivos. Como consequência, área importantes como as de manutenção de rede, cortes de abastecimento, leitura de hidrômetros e até o programa de caça-fraudes já estão nas mãos de terceiros, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema). Segundo o presidente da entidade, Rene Vicente dos Santos, o governador José Serra (SP) está submetendo a Sabesp a um processo de privatização “aos pedaços”.



“Hoje a companhia tem aproximadamente 18.000 trabalhadores terceirizados, enquanto os efetivos são 16.000. É uma forma de precarizar as relações de trabalho entregando parte das operações da companhia para empreiteiras”.


Na avaliação do Sintaema, a ampla terceirização da mão-de-obra e de áreas de serviços essencias da Sabesp vem comprometendo a qualidade do atendimento ao público – 26 milhões de paulistas a quem a empresa tem que garantir abastecimento de água, mais o serviço de coleta e tratamento de esgoto.


As empresas terceirizadas não cumprem contrato, deixam obras pela metade, não possuem o mesmo compromisso que com a Sabesp um funcionário com tempo de casa, que hoje só é chamado quando dá problema”, afirma o dirigente sindical.


Neste momento, os trabalhadores mais antigos da empresa estão assombrados pelo risco de perder o emprego. Desde o início do ano para cá, cerca de 1.600 funcionários foram demitidos.


“Em fevereiro, a empresa queria demitir 500 funcionários aposentados que estão na ativa. Entramos na Justiça com uma liminar e conseguimos suspender as demissões. Só que no último dia 27, a companhia conseguiu cassar nossa liminar e estas demissões estão ocorrendo agora. É uma situação muito difícil para quem dedicou uma vida inteira para a empresa”, reclama Rene dos Santos.


Até 2011, segundo o sindicato, o programa de demissões pretende atingir 2.250 trabalhadores aposentados que estão na ativa.


“Com a saída de funcionários com história na empresa, muitas áreas da Sabesp não estão funcionando como deveriam”, denuncia Rene. Ele afirma que alguns setores estão sucateados, com casas de máquinas de pólos de manutenção em situação crítica; que a Sabasp está acumulando equipamentos comprados e abandonados; e que até veículos locados pela companhia estão parados, sem qualquer uso.

Do blogueiro: Imagine o que a turma do DEMo/Tucanalha não fariam com o Aqüífero Guarany.



Vamos ficar de OLHO!
VAMOS MORALIZAR O PIG!

Jogue o lixo no lixo!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

PSDB, O AMIGO DA ONÇA!



O DEM colou com o PSDB para salvar a pele de Yeda Crusius no RS. Em Brasília o PSDB pulou fora rapidinho, abandonou o barco e deixou seu parceiro na mão.
Emerson Medeiros - Salvador (Bahia)
LEVE O PIG PARA ONDE ELE MERECE



PARA O LIXO



OU PARA O BANHEIRO




quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A America Latina: deve ter cuidado!

A USA ABUSA!





No Uruguai, a jornada eleitoral foi uma festa cívica exemplar na qual o candidato apresentado pela Frente Ampla, José Mujica, venceu o segundo turno sem qualquer dúvida ou impugnação, derrotando o ex-presidente direitista Luis Alberto Lacalle, do Partido Nacional (Branco). No país centroamericano, em troca, ocorreu uma farsa, desprovida de credibilidade e de legitimidade, onde as vontades determinantes não foram as dos cidadãos hondurenhos, mas sim as da reduzida oligarquia local e a do governo dos Estados Unidos. O editorial é do jornal La Jornada, do México.

Editorial - La Jornada

Neste domingo ocorreram eleições presidenciais no Uruguai e em Honduras, em contextos radicalmente diferentes. No primeiro caso, a jornada eleitoral foi uma festa cívica exemplar na qual o candidato progressista apresentado pela Frente Ampla, no governo, José Mujica, venceu o segundo turno sem qualquer dúvida ou impugnação, derrotando o ex-presidente direitista Luis Alberto Lacalle, do Partido Nacional (Branco). No país centroamericano, em troca, ocorreu uma farsa, desprovida de credibilidade e de legitimidade, onde as vontades determinantes não foram as dos cidadãos hondurenhos, mas sim as da reduzida oligarquia local e a do governo dos Estados Unidos.

No país sulamericano, a eleição presidencial de domingo colocava em jogo a continuidade ou interrupção do programa social e econômica aplicado pela Frente Ampla desde 2005, quando a esquerda estreou seu primeiro governo nacional, encabeçado por Tabaré Vázquez. Programa este que, no passado, conseguiu reduzir a pobreza em 5,5 pontos percentuais (a 20,5% da população) e que, em 2009, evitou a queda do país na recessão, obtendo inclusive um moderado crescimento – em meio à crise econômica mundial – de 1,2%.

Já nas eleições em Honduras, realizadas por um poder golpista e usurpador, respaldado solitariamente por Washington e desdenhado pela maior parte da cidadania, podem ser vistas como uma tentativa do poder oligárquico de legitimar sua tomada de assalto das instituições, no final de junho deste ano, a expulsão ilegal do país do presidente constitucional, Manuel Zelaya, e a posterior conformação de uma presidência usurpada, repressiva e antipopular, em torno de Roberto Micheletti. Em tais circunstâncias, a vitória do candidato Porfírio Lobo (Partido Nacional) sobre Elvin Santos (Partido Liberal) carece de relevância. De fato, a principal inquietude internacional não era a conseqüência formal da eleição, mas sim a materialização do perigo de confrontações massivas entre o difuso, mas perseverante, movimento de resistência contra o golpe de Estado de junho, e as forças políticas e militares.

Assim como cabe felicitar o desenrolar e os resultados do segundo turno das eleições presidenciais celebradas ontem no Uruguai, é inevitável duvidar da perspectiva que a farsa ocorrida em Honduras conduza a uma normalização democrática e constitua uma saída da crise política que persiste neste país, como esboçaram os golpistas hondurenhos e a presidência de Barack Obama.

Em contraste com Washington e com o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, cuja subserviência aos gorilas hondurenhos chegou a graus deploráveis, a maior parte dos governos latinoamericanos, encabeçados pelo Brasil, anunciaram sua determinação, correta e ética, de não reconhecer como autoridade legítima de Honduras a quem quer que fosse declarado ganhador da farsa efetuada ontem. Devemos pedir ao governo do México para que se some sem reservas a essa postura continental majoritária e se abstenha de conceder o menor gesto de reconhecimento diplomático a quem, em Tegucigalpa, dê continuidade e consumação ao golpismo. Para finalizar, os setores mais lúcidos e conscientes da sociedade hondurenha tenham diante de si a perspectiva amarga de uma luta prolongada para restituir a ordem constitucional atingida pelo golpe de junho. Essa tarefa será tanto menos árdua e dolorosa quando menor for a margem de manobra internacional que se outorgue ao governante que substitua Micheletti no cargo.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

DEMOCRATA VAI MUDAR DE NOME!



DEM - Dane-se Ética e Moralidade



DEM - Dinheiro só Em Maços


DEM - Democracia É Money


DEM - Dando Exemplos Malandros


DEM - Dinheiro, Enriquecimento e Mutreta


O difícil agora será convencer ao povo que o esquema do governador de Brasília, único chefe de executivo estadual pertencente à agremiação, NÃO era do conhecimento de gente como Agripino, Caiado, Maia, Aleluia, Demócrito, ACM Neto, etc...

Esses são os DEMOS da política brasileira!!!!!!!!!

Em tempo:

No teatro político é possível ser o que não se é, a mentira se transmuta em verdade e o espelho, em sua imagem distorcida, possibilita peças como essa. No entanto, uma breve pesquisa biográfica desvela a ficção e o democrata mostra a verdadeira face ditatorial. Revela-se o absurdo do significado encoberto pela linguagem “democrática”. A ironia da história e a hipocrisia ocultada sob a “representação” da política nos ajudam a compreender porque esses senhores adotam o rótulo de “democratas” e encenam papéis de paladinos da democracia. Sem ver o que se oculta sob a penumbra e as máscaras, parte da platéia acredita na encenação. Quem sabe os próprios atores também, sinceramente, acreditem?! O simulacro permanece.



Vai de retro!

Serra, do PSDB, e Arruda, do DEM, ensaiam aliança para 2010, em Brasília



RENATA GIRALDI

da Folha Online, em Brasília



Em nome de uma parceria técnica destinada à melhoria de moradias populares, os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) sinalizaram nesta terça-feira a eventual aliança política para 2010. Ambos trocaram elogios mútuos na presença de líderes nacionais dos dois partidos políticos.
A justificativa oficial para o encontro dos dois governadores e das demais autoridades foi a assinatura de um convênio técnico para cooperação em habitação popular. O objetivo é executar programas de regularização fundiária, urbanização e capacitação profissional.
Mas na prática Arruda e Serra indicaram que a união entre os dois e seus partidos está evoluída. O governador do Distrito Federal brincou que estava "copiando" um projeto do colega de São Paulo. "Estamos copiando o que deu certo, já copiei experiências do Paraná, que deram certo. Algumas experiências de Minas Gerais e agora essas experiências de São Paulo, só tenho a agradecer ao governador Serra", disse Arruda -- único governador do DEM. Serra retribuiu afirmando que o "que é bom deve ser copiado".

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